Dependendo do vento e da condição do mar, o shaper Guto
Bazoni chega a surfar 4 horas por dia, 4 vezes por semana.
Guto é outro dinossauro do surf, que deixou sua marca nas
ondas da Barra do Jucu para aventurar-se no mundo do surf. De surfista
competidor a consertador de pranchas e shaper Guto informa que começou a trabalhar com
pranchas desde 1978, mas como shaper a partir de 1985.
Ele explica que shaper “é um artesão que dá forma e linhas
exatas para melhor funcionamento de uma prancha”.
A prática vem pelo fato de que alguns surfistas competidores
sempre tiveram o desejo de ter uma prancha artesanal com detalhes próprios e
típicos de cada surfista, fato que nem sempre é possível com uma prancha
industrial, onde a mesma é fabricada em grande escala com uma forma única e
atende aos interesses dos comerciantes.
Já o shaper, o cara que faz a prancha artesanalmente
consegue atender as peculiaridades e particularidades de cada um, tal qual o
personagem “Big Z”, do filme “Tá dando Onda”, que é procurado pelo personagem
Cadu Maverick para fazer uma prancha.
O shaper “é um artesão que dá forma e linhas exatas para o melhor funcionamento de uma prancha” é o que diz
Guto Bazoni, da mesma forma com que foi demonstrada pelo personagem Big Z no filme.
Indagado sobre quem ama mais uma prancha de surf, se o surfista ou o shaper, Guto ri e responde que, “a dedicação de quem gosta de fazer a prancha é muito importante.
Eu gosto de ver a prancha ficando pronta já o surfista gosta de usar. Eu faço os dois”.
Segundo Guto a diferença entre pranchas feitas
artesanalmente e as pranchas industriais consiste no fato de que “a prancha
artesanal é para quem tem o feeling do surf. A prancha industrial qualquer
especulador tenta fazer, mas geralmente
só com visão financeira”.
Segundo Guto, dependendo do usuário, se ele for competidor
ele terá de trocar de prancha a cada dois meses, tempo de vida suficiente para
ele, mas se o surfista for um free surfer, a sua prancha terá vida útil de dois
anos.
Mas isso tudo também depende do cuidado que o surfista
precisa ter para manter por bom tempo a sua prancha.
“É preciso manter a prancha na sombra, quando estiver fora
da água, evitar o calor excessivo e fazer sempre os reparos necessários”, conta
Guto.
Artesanalmente Guto faz uma média de 20 pranchas por mês, e
cada uma delas é feita de dois a três dias. As principais características de
uma prancha para ele são o fato dela ser bem desenhada, ser leve, com quilhas
bem colocadas etc.
Quanto as antigas pranchas de surf feitas em madeira como no
filme “Tá dando Onda”, Guto, afirma que elas são muito mais para fins
decorativos e um surf clássico.
Em relação ao tamanho das pranchas, Guto explica que “o
tamanho das pranchas é feito de acordo com a categoria do competidor. Há três
categorias de pranchas, o longboard que vai de 8”0 a 10”0 pés; o funboard que
vai de 7”0 a 8”0 pés, e as mini model ou pranchinhas que possuem o tamanho do
surfista, mas ainda há outras variações de tamanho para cada tipo de onda”.
Guto como é conhecido, nas ondas do surf, é natural de
Iconha e sempre que pode é acompanhado pelos filhos Augusto Bazoni e Marina
Bazoni quando vai surfar.
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