De repente, num desses dias que estamos na correria
profissional, me desligo de tudo, estou passando na orla de Itapuã, uma tarde
de céu azul, pouco vento e a brisa que vem do mar, me faz um convite a parar,
pensar, refletir, sorrir e voltar a ficar sério sozinho em pensamentos neste
cenário hoje parte natureza e outra pelas mãos do homem.
Desço do meu carro, inspiro profundamente a maresia, caminho
em direção ao mar, e sento na areia, mas a sensação é de estar sentando em cima
de uma ampulheta do tempo.
Hora virado para o mar, hora virado para a avenida, vendo e
recordando que ali, na minha não distante juventude, se via apenas quatro ou
cinco prédios com mais de quatro andares. Ruas de chão e a avenida de
paralelepípedos, calçadão nem pensar, barracas e barracões de madeira de
comerciantes, pequenos barcos ou botes virados ou preparados para um dia de
pescaria, amendoeiras de todos os tamanhos, amigos e conhecidos naquela rua que
terminava no Chalé Motel, e enfim a primeira namorada e o grande amor da minha
vida.
Passado que trás na memória, um só sentimento “felicidade”.
Hoje volto a me direcionar, recomeçar num só objetivo, fazer
da Revista Gaivotas Up! um diferencial no mercado jornalístico, com designer
arrojado, avançar contra tudo que já foi visto, mudar conceitos, moldes, e
formatos, usando um meio de comunicação que interaja com os leitores, e
apreciadores.
É o futuro!
Cenários naturais mudam, tecnologia eletrônica cada vez mais
presente e avançando em uma velocidade gigantesca, informação em segundos.
E nesse labirinto de nostalgia presente e futuro, me lembram
de um trecho do saudoso cantor, compositor Renato Russo (Legião Urbana), que em
uma das suas centenas de músicas que marcaram uma geração, cantou:
Mudaram as estações,
Nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Ta tudo assim – tão diferente,
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era para sempre
Sem saber que para sempre – sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém – só penso em você
E ai então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar como tudo está
Nem desistir, nem tentar,
Agora tanto faz,
Estamos indo de volta pra casa”
“Por enquanto” – Legião Urbana
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