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domingo, 31 de agosto de 2014

Capa da Edição de setembro/2014


Página 03 - Editorial


Depois de um ano abordando temas como política e assuntos variados, a Revista Gaivotas resolve mudar o foco e seu rumo, partindo para assuntos mais específicos e que abrangem um público leitor ávido por uma revista que realmente tenha matérias jornalísticas mais interessantes.
Dessa forma a revista passa por uma profunda transformação e passa a mostrar assuntos como esportes, turismo, cultura, meio ambiente, inclusão social, veículos, saúde e, nutrição, ou seja, assuntos que realmente atraem os olhares de quem deseja passar momentos de lazer folheando e apreciando o que há de mais bonito no estado do Espírito Santo.
A expectativa diante do novo rumo é grande, tanto de quem irá participar como de nós da Revista Gaivotas Up! Desejamos fazer uma revista que seja leitura mensal de cada um de vocês.

À Direção.

Página 04 - Skatistas rebeldes ou surfistas de asfalto?


Eles são considerados rebeldes e irados, mas o que mais desejam é apenas surfar no asfalto, ou fazer manobras radicais nas praças, em bancos de madeira, rampas, apoios de metal, ou simplesmente descer ladeiras fazendo inúmeras acrobacias.
O skate além de diversão também é um desporto. Inventado na Califórnia, nos Estados Unidos, seu propósito consiste em deslizar sobre o solo e obstáculos equilibrando-se em uma prancha, chamada de shape (em inglês: deck), dotada de quatro pequenas rodas e dois eixos chamados de trucks. Com o skate executam-se manobras de baixos e altos graus de dificuldade.

No Brasil, o praticante de skate recebe o nome de skatista, enquanto que em Portugal, chama-se de skater. O skate é considerado um esporte radical, por causa do seu aspecto criativo, cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados.
Os skates originalmente eram muito primitivos, não possuíam nose nem tail, éram apenas uma tábua com quatro rodinhas. O crescimento do “surfe no asfalto” se deu de uma maneira tão grande que muitos dos jovens da época se renderam ao novo esporte chamado skate. Surgiram, assim os primeiros skatistas da época.

A história do skate – No início da década de 1960, em uma época de marés baixas e seca na região do litoral da Califórnia, mais precisamente na cidade de Los Angeles, os surfistas queriam fazer das pranchas um divertimento também nas ruas, daí criaram uma nova maneira de surfar nas ruas chamada de sidewalk surf. Em 1965, surgiram os primeiros campeonatos, mas o skate só ficou mais reconhecido uma década depois.
Em 1973, o norte-americano Frank Nasworthy, inventou as rodinhas de uretano, que revolucionaram o esporte. Com isso um skate passou a pesar por volta de 2,5 kg.
Dois anos depois, 1975, um grupo de garotos revolucionou ainda mais o skate, ao realizar manobras do surf sobre ele. Esses garotos eram os lendários Z-Boys da também lendária equipe Zephyr.
Em 1979, Alan Gelfand inventou o Flatground Ollie, manobra com a qual os skatistas ultrapassam obstáculos elevados e é base de qualquer manobra. A partir disso, o skate nunca mais foi o mesmo. Essa manobra possibilitou uma abordagem inacreditavelmente infinita por parte dos skatistas. Não se pratica street style sem o domínio do Flatground Ollie. Tom "Wally" Inouye também foi uma figura importante na história do skate na década de 1970. Ele é mais conhecido pela assinatura de manobras como wall rides e backside airs. Inouye começou IPS (Serviço de Piscina do Inouye) nos anos 1970 e foi um dos primeiros esqueitistas de piscina.
O primeiro esqueitista nipo-brasileiro a chegar no Brasil foi Jun Hashimoto em 1975. O mesmo abriu as portas para três gerações de descendentes japoneses no skate. Nomes importantes como o esqueitista brasileiro Lincoln Ueda.

A primeira revolução no esporte – A década de 1980, um dos revolucionários do esporte, principalmente na modalidade freestyle, foi Rodney Mullen. Rodney desenvolveu várias manobras, como kickflip, heelflip, hardflip, casper, darkslide, rockslide, 50-50, body varial, nollie flip underflip, primo, reemo, varial flip, inward heelflip, 360 flip, fs flip, bs flip, varial heelflip, fs heelflip, bs heelflip etc. Grande parte das manobras atualmente praticadas é derivada dessas manobras. Rodney foi, por diversas vezes, campeão mundial, chegando a ser considerado o melhor e mais influente skatista do mundo na sua modalidade. Outro revolucionário, na modalidade vertical, foi o mito Tony Hawk. Hawk inovou a maneira como os esqueitistas devem abordar o half-pipe, sempre procurando ultrapassar os limites de criatividade e dificuldade de execução das manobras. No final dos anos 1980, mais exatamente em 1989, Lincoln Ueda, assistido pelo seu pai (que filmava suas voltas para que pudessem aprimorá-las), competiu em Münster, na Alemanha, e faturou o 4° lugar. Despontava o Brasil no cenário mundial. Lincoln Ueda também teve excelentes participações na pista da Domínio Skate Park Atibaia.
A segunda revolução – Nos anos 1990, o carioca Bob Burnquist  elaborou a última grande revolução no skate: o switchstance vertical. Essa é a técnica de se praticar skate com a base trocada. Já era difundida na modalidade street, mas Bob foi o primeiro a popularizá-la na modalidade vertical. A partir daí, o skate passou a não ter mais "lado", ou seja, não existe mais o lado da frente nem o lado de trás. As manobras realizadas com pé direito na frente do skate agora também são realizadas com o pé esquerdo na frente. Essa técnica quadruplicou o número de variações possíveis nas manobras. Para um esqueitista que deseja competir, é imprescindível o domínio de tal técnica. Bob foi o primeiro skatista brasileiro a vencer uma etapa do campeonato mundial de skate vertical, em Vancouver, no Canadá, no ano de 1995. Ninguém esperava, ele apareceu lá e mostrou como se deveria andar de skate vertical dali em diante.

Página 05 - Flavinho, o “Rei do vôlei de praia”



Se Cachoeiro de Itapemirim é conhecida por ser a terra natal do Rei da Música Popular Brasileira, Roberto Carlos, Vila Velha também se orgulha de ter um rei, Flavinho, atleta de vôlei, o “Rei da Praia”.
Afinal de contas dos inúmeros títulos conquistados ele destaca o de “Rei da Praia” pela AAVP, o de Campeão Universitário, o Campeonato Brasileiro nas categorias 35, 40, 45 e 50, Tri-campeão Brasileiro na categoria 45, Bi-Campeão Brasileiro na categoria 50, Campeão Olímpico Mundial na categoria 50 conquistado em 2013, e nada mais nada menos do que 112 títulos conquistados em torneios de duplas de vôlei de praia.

Flavio Pitanga, ou apenas Flavinho, como é conhecido nas areias de Vila Velha e do Espírito Santo, começou tarde no vôlei indoor (quadra) e preferiu optar pelo vôlei de praia, uma vez que essa modalidade começava a despontar no cenário esportivo em meados da década de 80. De lá para cá, Flavinho já conquistou outros títulos mais importantes que vocês podem ver no seu perfil, na página ao lado.
- Comecei a jogar vôlei muito tarde, entre 18 e 19 anos, no Polivalente de Itaparica, há 35 anos atrás e pratiquei o vôlei de quadra por 10 anos, até conhecer o vôlei de praia.

Ele confessa que tentou conciliar o vôlei nas duas modalidades, mas no final optou pela areia:
- A principio tentei conciliar os dois, vôlei de quadra e vôlei de praia, mas eu vi que a praia exige demais do atleta, e eu sempre gostei de desafios, por isso que eu vim para o vôlei de praia. Porque no vôlei de praia é você e mais uma pessoa, você só depende de vocês dois, na quadra são seis, então eu preferi a praia.
Bem diferente dos torneios realizados nas praias da Costa, Itapoã e Coqueiral de Itaparica na década de 90, quando os torneios eram realizados em dois dias seguidos, Flavinho confessa que atualmente os torneios realizados em apenas um dia, são desgastantes. No último final de semana (17/agosto) ele participou de um torneio em Cariacica, e quase conquistou o seu 113º título, mas não conseguiu superar o desgaste físico e psicológico.

Em relação ao seu parceiro, o atleta Luis Felipe, Flavinho revela que,
- Nós formamos uma parceria a 3 anos atrás, para disputar um simples brasileiro, mas quando chegamos lá, vimos que as pessoas realmente treinam para ganhar. Chegamos lá como azarões e ganhamos três medalhas de ouro, nas primeiras vezes que disputamos o torneio.
Ele relata que conquistou os títulos em três categorias, a de 35, 40 e 45, e que todas as categorias são disputadas em uma mesma competição
Quando disputava torneios nas areias de Vila Velha, Flavinho chegou a disputar títulos com adversários que mais tarde se destacaram pela seleção brasileira e conquistaram medalhas olímpicas como o Emanuel, além dele Flavinho disputou torneios contra Ricardo, Luisão, Ari e o Aluisio que residiram no Espírito Santo, e iniciaram seus treinamentos aqui.
- Naquela época eu jogava de igual para igual com eles. Eu era novo, eles mais novos, foi muito bom, mas o que tira hoje os atletas de competições são as lesões. Por exemplo, eles não tiveram grandes lesões, como eu tive, explica.
Sobre o cenário atual do vôlei de praia, Flavinho argumenta que o estado do Espírito Santo está muito bem representado no masculino tanto nacional como internacionalmente com os atletas Bruno e Alisson.
Flavinho pode ser encontrado nas areias da Praia da Costa à noite próximo ao Hotel Hostess, ministrando aulas para meninos e meninas.
- A escolinha Cobra d´Água foi fundada em agosto de 1993, atualmente há uma média de 50 alunos por mês, e dou aulas para alunos de 7 anos até alunos com 50 anos, informou.
A noite de segunda-feira, 18 de agosto era fria e já havia chovido muito durante o dia, mesmo assim alguns garotos e meninas encararam a areia fria, para treinar saques, levantadas e cortadas nas areias da Praia da Costa.

Atualmente com 52 anos, Flavinho é o líder do circuito municipal e líder do circuito AMEG de vôlei de praia. E quem deseja aprender algumas técnicas do vôlei pode encontrá-lo em algumas das quadras de vôlei, localizadas em área privilegiada da Praia da Costa.

Páginas 06 e 07 - Kleber Galveas e a história da reserva de Jacarenema




Foi numa manhã de domingo que conhecemos Kleber Galvêas em sua residência na Barra do Jucu. Das explanações sobre as pinturas e rabiscos de Homero Massena pela casa e o convite para acompanhar mais um capítulo da saga “A Vale, a Vaca e a Pena” que iria ocorrer meses depois, percebi em Kleber muito mais do que um contador de histórias, mas um intelectual preocupado com o meio em que vive e com os rumos que a gestão pública dava ao meio ambiente na cidade. 

Todas essas histórias foram ouvidas enquanto saboreava um delicioso sorvete de araçaúna.
Semanas depois, armado com minhas ferramentas de trabalho, gravador, máquina fotográfica e um bloco de anotações, fui até a Barra do Jucu, para entrevistar Kleber.

A casa pequena, antiga e acolhedora é uma das raras casas de antigos pescadores que ainda sobrevive e se mantém em pé, graças ao cuidado de seu proprietário que a preserva com todo cuidado, pois ali dentro há algo muito valioso, pinturas e rabiscos na parede de seu mestre, Homero Massena.
Sentado na sala, Kleber expõe a história da reserva natural que é sem sombra de dúvidas um dos grandes parques ambientais de Vila Velha, a Reserva de Jacaranema.

- Um dia eu perguntei para as crianças onde elas iam pescar e elas me respondiam, ‘nhanhanema’ (forma fonética como Kleber entendeu o que as crianças disseram). Como não entendi, repeti a pergunta e o meu entendimento foi o mesmo, então pedi a minha mulher que me ajudasse a entender para onde as crianças iam pescar, e ela então entendeu algo como, jacaranema. Dessa forma, procurei um professor que dominasse a língua tupi e este me disse que seria algo como ‘jacare+nema’ ou seja, jacaré catingoso. Isso certamente poderia ser o lugar onde um jacaré havia morrido e seus restos mortais estavam exalando um odor muito forte, explicou Kleber.
Essa conceituação fonética foi exposta com o intuito de compreendermos o significado e a simbologia dos lugares existentes em nossa cidade.
Para compreender a história dessa reserva Kleber relata que toda esta área fazia parte da mata do Juçará, que era integrante da Mata Atlântica “possuía árvores grandiosas e animais de várias espécies”. Essa mata estava localizada em um conjunto de ilhas entre as águas do Rio do Congo, que vem da Ponta da Fruta e de um pequeno afluente que vem do oeste, o Rio da Mata, ali ambos se encontraram indo desaguar na foz do rio Jucu.
Posteriormente a construção da Rodovia do Sol e a especulação imobiliária a área foi loteada, mas manteve-se o verde. No início dos anos 80, as árvores monumentais foram abatidas e vendidas para fornos de padarias. Depois atearam fogo no que restou.
- Um dia, quando andava de bicicleta pela Rodovia do Sol, observei o fogo na mata, corri até o posto policial e pedi que eles, os PMs, solicitassem auxílio do Corpo de Bombeiros, mas como eu não era o proprietário da área, eles não levaram em conta o meu apelo, pois naquela época somente os proprietários de terras é que podiam solicitar ajuda do Corpo de Bombeiros para apagar o incêndio, conta Kleber.
É bem verdade que a preocupação com o meio ambiente só ocorreu após a segunda metade do século passado (XX) e posteriormente ao fim do período da ditadura militar que ocorreu no país.
- Depois disso, organizei uma apresentação de congo em frente à prefeitura municipal, pedindo a desapropriação da região como patrimônio natural do município, mas entrou e saiu prefeitos e ninguém desapropriou a área. Ela só foi tombada graças a intervenção da Banda de Congo da Barra, através do Seu Honório e Seu Alcides, eles apoiaram a idéia e foram levados para as entrevistas defendendo o tombamento e fornecendo inúmeras informações sobre a área. Essa participação resultou ainda na grande divulgação da Banda de Congo, que até então tinha uma participação obscura no cenário estadual. Finalmente a área foi tombada em 1982, pelo Conselho Estadual de Cultura, Como resultado dessa grande articulação e envolvimento da comunidade local, alcançou-se grande repercussão e outras iniciativas do gênero se sucederam no Espírito Santo, inspirando o capítulo de Meio Ambiente, na Constituição de 1988, relatou.
Até então, em 1982 a única região da localidade que podia ser considerada de mata, com uma grande extensão contínua era Jacaranema. 

Página 08 - ACONTECE


Durante todo o mês de setembro, Cariacica estará em festa, uma vez que acontece o tradicional Jantar Italiano de Cariacica, no Matrix Hall – Rio Branco; a Mostra Cultural Italiana – Tributo aos descendentes italianos de Cariacica, acontecerá no Shopping Campo Grande e a tradicional Festa do Caranguejo, acontecerá no Parque Porto das Pedras, em Vila Cajueiro, Cariacica.

A Festa do Morango será realizada durante o mês de setembro, na Comunidade do Forno Grande, em Castelo.

Entre os dias 5 e 7 de setembro no Campo de Comunidade de Alto Pongal, em Anchieta, será realizada a Festa da Imigração Italiana e, nos dias 6 e 7, será realizado a IX Caminhada Passos dos Imigrantes nas comunidades do interior de Anchieta

Vargem Alta já está pronta para receber os turistas para mais uma edição do Cabeça de Porco Moto Fest, a ser realizado entre os dias 5 e 7 de setembro.

No dia 7 de setembro, quando se comemora o Dia da Independência, os moradores de Burarama, Cachoeiro de Itapemirim, estarão realizando mais uma Caminhada da Natureza “Circuito dos Mirantes”.

Os dias 28 e 29 de setembro já está reservado para mais uma edição do ITA BIKE – Campeonato Capixaba de Mountain Bike, a ser realizado em Vila de Itaúnas, Conceição da Barra.

Os municípios de Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante, estão se preparando para a realização da IX Pedra Azul Gourmet, evento gastronômico que acontece nos principais restaurantes de Pedra Azul (Domingos Martins) e Venda Nova do Imigrante.

Ainda em setembro, serão realizados diversos eventos em Guarapari, como: a Festa da Cidade, o Guarapari MotoFest e a Etapa do Estadual de Judô. Os dois primeiros eventos serão realizados no Kart Indoor, e o último no Sesc Guarapari.

O Centro do Sítio Histórico de Muqui, estará recebendo entre os dias 4 e 7 de setembro os amantes do Festival de TV e Cinema Independente de Muqui – FECIM.

Os dias 27 e 28 de setembro está reservado para mais uma Caminhada Ecológica da Paz e Cidadania, em Itamira, no município de Ponto Belo.

Página 09 - ACONTECEU - Africanos dominam a 25ª edição das 10 Milhas Garoto


As 10 Milhas Garoto, corrida de rua mais famosa do Espírito Santo esse ano teve um sabor especial, é que nos dias que antecederam a corrida uma forte chuva desabou sobre a Grande Vitória e certamente os mais de 7 mil atletas que já estavam inscritos ficaram receosos de que a corrida seria realizada debaixo de temporal.
No entanto, no domingo (17 de agosto) São Pedro resolveu colaborar dando uma trégua com a chuva, mas deixando apenas as nuvens carregadas darem um refresco no clima.
Certamente visando outras corridas, os africanos dominaram o pódio conquistando os dois primeiros lugares nas categorias masculino e feminino.
Enquanto o etíope Leul Gerbresilase Aleme concluiu os 16 km de prova em 47min18s, o africano Joseph Kachapin chegou logo em seguida com 48min18s. Já o terceiro lugar foi conquistado pelo brasileiro Daniel Chaves da Silva com o tempo de 48min24s. Por ser o brasileiro mais bem classificado, Daniel recebeu como premiação um carro zero quilômetro
O 4º e 5º lugar também ficaram com os africanos: Richard Kiplimo Mutai, com o tempo de 48min47, e Saidi Juma Makula, com 48min49, respectivamente.
Na categoria feminina o pódio teve a presença de três africanas e duas brasileiras. Em primeiro lugar, a queniana Delvine Relin, que concluiu a prova em 57min08s; em segundo lugar, ficou Failung Adbi Matanga, com o tempo de 57min16s; a brasileira Cruz Nonata da Silva, que concluiu a prova em 57min21s (também ganhou um carro zero quilômetro, além da premiação em dinheiro); a africana Natalia Elisante Sulle ficou em 4º lugar, ao concluir a prova em 57min52s, seguido de outra brasileira em 5º lugar, Joziane da Silva Cardoso, que concluiu a prova em 58min05s.
Além da prova principal que conta com a participação de atletas estrangeiros e de outros estados brasileiros, a Corrida 10 Milhas Garoto, também premia a participação dos atletas capixabas.
Na categoria Atleta Capixaba masculino o vencedor foi Alequessandro Paula da Silva, com 53min09s, Sandro Santos de Oliveira, com 54min10s, Bruno Lopes Coutinho, com 54min22s, Claudinei Pereira, com 55min14s, e Osiel Pereira Clemente, com 57min29s.
Na categoria Atleta Capixaba feminino, a vencedora foi Marcia Casa Grande Mattos com o tempo de 1h09min33s, seguida por Eliane dos Santos João, com 1h10min56s, e Priscila Moraes, em terceiro lugar, com 1h11min18s. Maria Rosangela Moura Nascimento ficou em 4º lugar com 1h15min18s e, em 5º, Synara de Souza Sales, com 1h16min03s.

De acordo com os organizadores da prova, a corrida movimentou mais de R$ 1 milhão de reais na economia capixaba, uma vez que a prova recebeu mais de 1.600 corredores estrangeiros e também atletas de outros estados brasileiros, que injetaram na economia capixaba pouco mais de R$ 1,2 milhões com gastos de hospedagem, transporte, alimentação e turismo.

Páginas 10 e 11 - Nelson Ferreira a lenda viva do surf capixaba


- Cara! Olha só que onda ‘manera’! Show!
- Pow! Hoje o mar não tá pro surf! As ondas estão quebrando muito!

As expressões acima certamente já foram ouvidas por centenas ou milhares de pessoas que como eu passaram por grupos de surfistas sentados nas areias de alguma praia do litoral capixaba.
Enquanto a moçada se entusiasma ou fica decepcionada em relação ao tempo e as ondas, eles certamente jamais poderiam imaginar ou saber que, para Nelson Ferreira, lenda viva do surf capixaba, não havia esse negócio de onda boa ou onda ruim. Ele aproveitava todas as ondas para executar potentes batidas verticais e fortes cutbacks, que jogavam litros de água para o alto, como marca registrada de suas manobras. Tudo isso fez com que ele se adaptasse a qualquer tipo de onda, desde os pesados tubos do Barrão às merrecas cheias do Solemar. Essa versatilidade fez com que ele alcançasse anos depois inúmeros títulos e posições de destaque em competições nacionais e internacionais, e de ter sido bem visto por outra lenda do surf brasileiro, Rico.
- Com 12/13 anos consegui boas colocações. Quando cheguei aos 16 anos, o Rico de Souza, que é um dos maiores expoentes brasileiros de surf nacional e internacional, me viu e me abraçou, começou a me incentivar, ‘você tem potencial, vou fazer suas pranchas, você vai vir para casa comigo, vai participar de campeonatos no Rio, em Ubatuba, você vai estar comigo’. Comecei a acompanhar ele e ele sempre me orientando, e fui evoluindo, e da década de 70 passei para a década de 80, que foram os anos brilhantes do surf no Brasil. Onde o surf se profissionalizou, e houve campeonatos maiores. Aqui no estado houve grandes campeonatos de surf, como o JS, que trazia os melhores surfistas do Brasil e era realizado uma vez por ano, explicou.
O aprendizado com Rico lhe rendeu bons frutos tanto que ele alcançou a quarta colocação no primeiro ano em que competiu no Circuito Brasileiro de Surf Profissional, em 1987, superando adversários do calibre de Carlos Burle, Fred D´Orey, Cauli Rodrigues e Dadá Figueiredo, entre outras feras.
Isso numa época em que o julgamento valorizava mais a quantidade de manobras do que a radicalidade delas.
A entrevista durou quase trinta minutos, e Nelsinho ainda expôs outros assuntos ligados ao surf, à sua família, e ainda de algumas características desse esporte radical que lhe traz benefícios pessoais, físicos e psicológicos, uma vez que após o surf, ele se sente feliz, mais tranqüilo e talvez seja esse o remédio que o deixa tão tranqüilo para encarar tantos problemas cotidianos nos seus afazeres no MasterplaceMall.
Quanto ao resto da conversa, vamos deixar para outro dia em que possamos surfar com ele, esteja o mar calmo ou bravo, mas que nos dê a satisfação de encarar a vida de frente.

Até a próxima. 

Páginas 14 e 15 - Guto Bazoni, de surfista a shaper de pranchas de surf


Dependendo do vento e da condição do mar, o shaper Guto Bazoni chega a surfar 4 horas por dia, 4 vezes por semana.
Guto é outro dinossauro do surf, que deixou sua marca nas ondas da Barra do Jucu para aventurar-se no mundo do surf. De surfista competidor a consertador de pranchas e shaper  Guto informa que começou a trabalhar com pranchas desde 1978, mas como shaper a partir de 1985.
Ele explica que shaper “é um artesão que dá forma e linhas exatas para melhor funcionamento de uma prancha”.
A prática vem pelo fato de que alguns surfistas competidores sempre tiveram o desejo de ter uma prancha artesanal com detalhes próprios e típicos de cada surfista, fato que nem sempre é possível com uma prancha industrial, onde a mesma é fabricada em grande escala com uma forma única e atende aos interesses dos comerciantes.
Já o shaper, o cara que faz a prancha artesanalmente consegue atender as peculiaridades e particularidades de cada um, tal qual o personagem “Big Z”, do filme “Tá dando Onda”, que é procurado pelo personagem Cadu Maverick para fazer uma prancha.

O shaper “é um artesão que dá forma e linhas exatas para o melhor funcionamento de uma prancha” é o que diz
Guto Bazoni, da mesma forma com que foi demonstrada pelo personagem Big Z no filme.

Indagado sobre quem ama mais uma prancha de surf, se o surfista ou o shaper, Guto ri e responde que, “a dedicação de quem gosta de fazer a prancha é muito importante.
Eu gosto de ver a prancha ficando pronta já o surfista gosta de usar. Eu faço os dois”.
Segundo Guto a diferença entre pranchas feitas artesanalmente e as pranchas industriais consiste no fato de que “a prancha artesanal é para quem tem o feeling do surf. A prancha industrial qualquer especulador  tenta fazer, mas geralmente só com visão financeira”.
Segundo Guto, dependendo do usuário, se ele for competidor ele terá de trocar de prancha a cada dois meses, tempo de vida suficiente para ele, mas se o surfista for um free surfer, a sua prancha terá vida útil de dois anos.
Mas isso tudo também depende do cuidado que o surfista precisa ter para manter por bom tempo a sua prancha.
“É preciso manter a prancha na sombra, quando estiver fora da água, evitar o calor excessivo e fazer sempre os reparos necessários”, conta Guto.
Artesanalmente Guto faz uma média de 20 pranchas por mês, e cada uma delas é feita de dois a três dias. As principais características de uma prancha para ele são o fato dela ser bem desenhada, ser leve, com quilhas bem colocadas etc.
Quanto as antigas pranchas de surf feitas em madeira como no filme “Tá dando Onda”, Guto, afirma que elas são muito mais para fins decorativos e um surf clássico.
Em relação ao tamanho das pranchas, Guto explica que “o tamanho das pranchas é feito de acordo com a categoria do competidor. Há três categorias de pranchas, o longboard que vai de 8”0 a 10”0 pés; o funboard que vai de 7”0 a 8”0 pés, e as mini model ou pranchinhas que possuem o tamanho do surfista, mas ainda há outras variações de tamanho para cada tipo de onda”.
Guto como é conhecido, nas ondas do surf, é natural de Iconha e sempre que pode é acompanhado pelos filhos Augusto Bazoni e Marina Bazoni quando vai surfar.

Página 16 - O surf e a Barra do Jucu


“Dar a César, o que é de César!”

A expressão acima vem a calhar no momento em que a Revista Gaivotas Up! aborda duas reportagens mostrando dois surfistas que deixaram suas marcas e seu nome nas ondas das praias capixabas, Nelson Ferreira e Guto Bazoni.
Mas falar dos dois e não falar da importância histórica que a Barra do Jucu têm para com esse esporte, seria uma temeridade. Pois os amantes do surf sabem e se orgulham de dizer que a Barra do Jucu é um capítulo à parte na história não apenas desse esporte, mas também do bodyboarding, onde podemos destacar a atuação da campeã mundial, Neymara Carvalho.
De acordo com Homero Bonadiman Galvêas em sua obra “A História da Barra do Jucu”, “a atuação dos surfistas sobre as ondas serviu para diluir o medo dos nativos e turistas, que pouco freqüentavam a praia do Barrão no inverno (no verão as ondas diminuem)”.
Além disso, a Barra do Jucu possui uma importância histórica no seio cultural, pois foi nela em 1974, que foi inaugurada uma Galeria de Artes que mostrava regularmente obras de artistas capixabas.
Outro fato que merece destaque na cultura capixaba e que surgiu na Barra do Jucu foi a banda de congo que passou a ser vista pela mídia, resgatando esta manifestação do folclore capixaba. Isto fez com que em 1988, surgisse a primeira Banda de Congo mirim, da qual cinco ex-integrantes viriam a constituir a Banda Casaca, que é uma das primeiras bandas pop a se constituir num fenômeno capixaba, levando para o mundo um pouco das músicas entoadas nas apresentações de Congo para o mundo.
Homero informa ainda que “o bloco de carnaval mais famoso da Barra do Jucu, o Surpresa (que possui como característica a sátira e a ironia com os nossos líderes políticos locais, regionais e mundiais), sempre lembra com alegorias e músicas, os aspectos ambientais, fazendo um protesto bem humorado, impessoal e criativo, lembrando situações acontecidas na comunidade”.
A Barra do Jucu apresenta ainda outra peculiaridade e fato que merece ser retratado nessas páginas, o fato de que os surfistas locais abraçaram a causa da ecologia para lutar e defender o meio ambiente. Hoje, se a cidade de Vila Velha possui uma Reserva Ambiental de Jacarenema preservada, deve-se a esses pioneiros que criaram duas entidades no bairro para defender o Rio Jucu e toda área ambiental localizada nas proximidades da Barra do Jucu, que são a AMABARRA e a BARRA LIMPA.
A AMABARRA foi inaugurada em 2001 e recebe verbas da empresa RODOSOL para investir em projetos ecológicos. Já a BARRA LIMPA, é uma entidade que faz um trabalho no sentido de que, “se você não fizer ninguém vai fazer”, coerente com a noção do homem como agente na história. Isso quer dizer que o próprio morador pode limpar a rua, se a prefeitura não o fizer, e se não há arborização, cada um possui o direito e o dever de plantar uma árvore.
Seja como for todo esse movimento em defesa do meio ambiente, começou em 1982, com a Associação de Surf da Barra do Jucu, a mais antiga do Estado do Espírito Santo, que também está voltada para o sentido ecológico. Homero conta que essa entidade “realiza circuitos de surf e campeonatos com limpeza das praias, distribuição de mudas de árvores nativas, além de colocar nos campeonatos como um alerta o nome “SOS JACARENEMA”, onde uma boa parte dos surfistas atua como verdadeiros fiscais da natureza, denunciando a destruição de áreas verdes às entidades ambientais, irregularidades na pesca e poluição hídrica”.
Finalmente Homero relata que, “os pioneiros do surf na Barra do Jucu foram: Arthur Filho (Taru), Helinho Viana, Sérgio Rossi, Sérgio Vellozo, Andersom Fidalgo (assassinado há alguns anos, e que dá nome à antiga Avenida Beira Mar), Nelson Abelha, Renatinho e Carlinhos Shalders, Renato e Sergio Larica, Orlando Ferrari, Gil e Memeco Bernardes, Ricardo Chamon, Valtinho Balunga, Gui Aguiar, Artur Quiapani, Bolão, Dida, Leko, Leléu, Riquinho Valadares, Hudson, Arthur Cupertino, Zé Nogueira, Luciano Struzenecker, Marcos Bobo, Paulo Sérgio, Preju, Biam e Saulo Fidalgo, Dudu Melão, Alexandre Coelho, Guto Bazoni, Jiló entre outros” e ele, que começou a surfar em 1986, concluiu.

Página 17 - A importância da acessibilidade e da inclusão social


Ao abordar a questão da acessibilidade e da inclusão social, me vem a lembrança uma propaganda veiculada no canal National Geography.  A propaganda mostrava os dilemas do ser humano normal diante de um telefone público adaptado para cadeirantes e uma biblioteca contendo apenas livros em braile.
Diante disso paramos para fazer uma reflexão e percebemos que estamos construindo um mundo apenas para os normais e estamos esquecendo de uma parcela da humanidade que também convive conosco mas que também necessita ter acesso a uma série de lugares ou que depende de encontrar acessibilidade para que ele possa desfrutar da mesma qualidade de vida que desejamos.
Para Nena Gonzalez e Sheyla Mattos, acessibilidade “são as condições e possibilidades de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares, seus espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência possível e dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer, o que ajudará e levará à reinserção na sociedade”.
A Copa do Mundo realizada no Brasil em alguns momentos demonstrou que muitos seres humanos sem ética e sem caráter, utilizaram de forma abusiva a prerrogativa de portadores de necessidades especiais para garantir um bom lugar nos estádios de futebol para assistirem as partidas da Copa do Mundo.
Como se não bastasse isso, todos os dias, em algum estacionamento privado ou público, um motorista desavisado estaciona seu carro ou na vaga de um cadeirante ou em frente à rampa de acesso dos cadeirantes, da calçada para a via pública, e o fazem sem a menor cerimônia.
Elas afirmam ainda que este ainda é um grande desafio, uma constante maratona. E além das barreiras físicas presentes existem outras psicossociais que são inerentes às questões da pessoa com deficiência e que necessitam ser removidas: o preconceito, a ignorância e o medo.
Nena e Sheyla explicam que “A pessoa com deficiência física por lesão medular apresenta perdas ou reduções em sua estrutura física, portanto sua personalidade, seu modo de agir e pensar permanecem os mesmos. Trata-se, portanto, de alguém que se encontra numa situação de grande dependência, sendo o uso da cadeira de rodas referencial fundamental para o seu relacionamento com o meio, com o mundo. É preciso vê-la como participativa, integrada ao meio social, fortalecendo sua adaptação e aptidões e, entender que o que está errado são as edificações,os transportes etc., estes sim são os deficientes”.
Elas esclarecem ainda que “combater toda e qualquer forma de preconceito e discriminação é nossa obrigação como cidadão. Essa luta deve ser travada diariamente, em casa, no meio social e no trabalho. A nossa participação nesse processo é fundamental – respeitando as diferenças na construção do direito a cidadania, mas principalmente como atuantes e não meros expectadores”.
Portanto, depende de cada um de nós assegurarmos o direito à igualdade, ao respeito ao próximo, não por imposição, mas por uma consciência de responsabilidade social, por sentirmos que o significado da fraternidade nos eleva enquanto seres humanos, uma vez que somos responsáveis pela qualidade de vida de nossos semelhantes.
Afinal como está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.
Vale ressaltar que os Direitos Humanos se aplicam a todos os indivíduos independentemente de sexo, raça, língua, religião ou deficiência, e estão acima de qualquer diferença e condição social. Incluem-se aí os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e de desenvolvimento, sendo definidos em muitos documentos internacionais.
A inclusão social – Já houve um tempo em que uma criança portadora de necessidades especiais ou de problemas psicomotores ficava trancada dentro de casa longe do convívio social. Hoje, graças ao avanço da ciência e das inúmeras técnicas de fisioterapia, e ainda de projetos sociais relevantes essas pessoas estão tendo a oportunidade de conviver com a sociedade expandindo os seus limites. Um exemplo prático disso é o Projeto que a Prefeitura Municipal de Vila Velha vem executando na Praia da Costa, no balneário próximo ao Clube Libanês. Ali, diariamente uma equipe de pessoas aptas e treinadas proporciona a pessoas com problemas psicomotricidade o prazer de tomarem um banho de mar. Ainda nesse mês de agosto, um atleta de rugby em cadeira de rodas, da seleção colombiana, teve o prazer de participar e tomar banho de mar na praia mais famosa de Vila Velha.
Certamente não há palavras para descrever a emoção que o atleta e tantas outras pessoas que curtiram o banho de mar, sentiram, e nem mesmo dos profissionais da prefeitura que diariamente proporcionam essa alegria.
Como disseram as pesquisadoras Nena e Sheyla, é preciso que o ser humano seja imbuído de um sentimento de fraternidade, mas também fiscalizados dos direitos do portador de necessidades especiais, para que ele seja respeitado.

Páginas 18 e 19 - Campeões esportivos e heróis da vida, no motociclismo das trilhas e do asfalto


Todas as vezes que a Defesa Civil em qualquer lugar do mundo precisou da ajuda de voluntários, eles, os motoqueiros que disputam campeonatos de Enduro, Rallye e Trilhas se apresentam para ajudar e colaborar levando mantimentos e remédios para locais de difícil acesso.
Foi o que aconteceu no Espírito Santo, no final do ano passado, quando uma forte chuva desabou sobre o estado, causando uma tragédia nunca antes vista na história.
Comunidades inteiras e cidades ficaram isoladas pelas águas que tomaram boa parte do estado. A alegria da população em ver uma motocicleta levando mantimentos foi enorme, mas se o foi para a população, para os motoqueiros também foi muito maior.
Marco Grillo, membro do Trail Clube Mata Atlântica, de Venda Nova do Imigrante, explicou que “estes pilotos têm expertise, andam de 400 a 500 quilômetros em competições. Tem preparo físico e condição de enfrentar qualquer terreno, com os equipamentos adequados”.
Isso demonstra que, o que é esporte e aventura durante o ano, também pode virar missão de salvamento. Tanto que no Espírito Santo, 14 pilotos de diversos municípios capixabas colaboraram com este trabalho.
Grillo contou que “alguns pilotos se emocionaram. Encontraram famílias isoladas, que não viam ninguém há 4 ou 5 dias”. Eram campeões de renome nacional e internacional como Sandro Hoffman e Jomar Grecco, que também participaram voluntariamente e motivaram outras pessoas a colaborar com a ação.
História do esporte – As competições de motociclismo surgiram em 1905, na França, quando o Clube Francês de Auto-Ciclos resolveu regulamentar o motociclismo e organizou o Troféu Internacional, que ficou sendo o marco oficial do início das competições. Em seguida o motociclismo foi desenvolvido nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Após o primeiro Campeonato Mundial de Velocidade, disputado nas categorias de 125 cc, 250 cc, 350 cc, 500 cc e Side Car, as marcas italianas dominaram o campeonato até que os japoneses resolveram entrar na competição, já em meados da década de 60, e assim as coisas se modificaram. O maior campeão até 1975 foi o italiano Giacomo Agostini, com 14 títulos sendo 13 com uma MV Augusta e um com Yamaha.
O Motocross - Em 1957, foi organizado o primeiro campeonato de Motocross, apenas para a equipe de 500 cc, e o campeão foi o inglês Bill Nilsson, com uma AJS. Em seguida foi organizada a competição para a categoria 250 cc e, em 1975, acrescentou-se a categoria 125 cc.
O motociclismo no Brasil – Somente em 1972 quando a Confederação Brasileira de Motociclismo foi para São Paulo, é que o motociclismo no Brasil passou por uma reorganização. Atualmente o Campeonato Brasileiro de Motociclismo é disputado em três modalidades: Velocidade, Rallye e Motocross.
A velocidade é dividida em quatro categorias: 50 cc, 125 cc, 350 cc, Especial e Esporte, esta última subdividida em duas classes, a primeira englobando as máquinas equipadas com motores de 350 a 500 cc e a segunda de 550 a 1300 cc. Apenas na categoria 350 Especial é permitida a participação de motocicletas fabricadas especialmente para competições. Nas demais são motos de venda ao público, porém preparadas para competições.
Já o Motocross ou simplesmente cross é um esporte novo no Brasil e dividido em duas categorias: 125 e 250 cc. Oficialmente seu início ocorreu em 1972, com a organização do Campeonato Paulista, e em 1973 foi disputado o Campeonato Brasileiro, com a vitória do paranaense Nivanor Bernardi, nas duas categorias. Em 1974, Nivanor repetiu o feito, sempre correndo pela Yamaha.
Ainda em 1973, surgiu uma nova categoria, o Rallye. Ela é uma prova de regularidade, desenvolvida pelas ruas e estradas, onde o importante é respeitar as médias preestabelecidas, como nos rallyes automobilísticos. Concorre-se em dupla, sendo um o piloto e o outro, o navegador, este responsável pelas contas e cronometragem.
Em 1974 surgiu ainda outra categoria, o Trial, onde o importante é a perícia do piloto. A primeira competição ocorreu em Niteroi, RJ e ficou conhecida como Trial da Tukar – nome de uma revendedora e patrocinadora da competição.

Página 20 - UFC/MMA, o esporte que conquista uma legião de fãs a cada dia



Este esporte originário do antigo Vale-Tudo no Brasil foi criado nos Estados Unidos em 1993, com regras mínimas, e foi promovido como uma competição para determinar a arte marcial mais eficaz em situações de combate desarmado.
Não demorou muito para que os combatentes perceberem que se quisessem ser competitivos entre os melhores, eles precisavam treinar disciplinas complementares. Os lutadores do UFC começaram a se transformar em atletas completos, de habilidades equilibradas, que poderiam lutar em pé ou no chão. Essa mistura de estilos de luta e habilidades se tornou conhecido como artes marciais mistas (MMA, sigla em inglês).
Vale destacar que foi no MMA que o brasileiro, Rickson Gracie, deixou sua marca ao vencer 484 lutas das 486 que disputou, utilizando diversos tipos de golpes e artes marciais.
Hoje, o UFC é a principal organização de MMA e impõe as regras unificadas de Mixed Martial Arts, sem exceção. Com mais de 20 eventos por ano, o UFC é a casa da maioria dos lutadores tops no mundo. Os eventos são realizados não só nos Estados Unidos, mas em muitos países em todo o globo.
Existem três maneiras de vencer uma luta: Nocaute, finalização ou decisão. Um lutador deve ou nocautear seu adversário, ou forçá-lo a desistir através de uma finalização, ou lutar o melhor que ele puder – provando ser o concorrente mais forte aos olhos dos juízes.
A luta no UFC mantém o público inquieto em seus assentos, devido a todos os diferentes sistemas de artes marciais usados em um combate. A luta começa em pé, mas pode acabar rapidamente no chão ou contra as grades do octógono - nunca se sabe! Não importa qual direção a lute tome ou quais estilos são usados, as maneiras de ganhar são as mesmas.
Nada pode levantar uma arena inteira mais do que um nocaute, uma das formas de encerrar um combate. Alguns lutadores encerram suas carreiras sem nunca ter emplacado um vitória por nocaute, enquanto outros têm a reputação de ser grandes nocauteadores. Um nocaute é quando um lutador sofre um golpe que o derruba inconsciente, desorientado ou incapaz de se defender de forma inteligente.
Às vezes, o golpe final é conseguido depois de uma enxurrada de socos, chutes joelhadas ou cotoveladas, e outras vezes é um golpe sólido que termina a luta. Ocasionalmente, um lutador na beira da derrota pode reunir toda sua força para produzir um soco (ou qualquer outro golpe derradeiro) que lhe proporcionará a vitória por nocaute. Seja de um soco ou chute, o nocaute é um feito que tanto os lutadores e quanto os fãs vão se lembrar.
A quantidade de golpes com que o competidor aplica e vence uma luta é grande, e não caberia nesse espaço delinear todas elas o que não é nosso objetivo.
Desejamos apenas mostrar um pouco desse esporte e nas próximas edições vocês acompanharão um pouco desse esporte que também é praticado no Espírito Santo em inúmeras academias de ginástica. Ressaltando que anualmente é realizado um Torneio no Ginásio de Esportes, localizado no bairro de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha.

Página 21 - Atividade Física e o Envelhecimento


por Brunna Barbati
O envelhecimento é um processo natural e irreversível a todo ser humano, tendo como consequências a perda estrutural e funcional progressiva no organismo além de alterações fisiológicas como: atrofia muscular, fraqueza funcional, descalcificação óssea, aumento da espessura da parede de vasos, aumento do nível de gordura, diminuição da capacidade coordenativa, dentre outras.
No processo de envelhecimento, a manutenção do corpo em atividade é fundamental para conservar as funções vitais em bom funcionamento. A diminuição da capacidade funcional é, em grande parte, causada pela inatividade física.
Pessoas de idade avançada que praticam atividades físicas regularmente sob orientação, quando comparadas às pessoas de vida ociosa, mostram melhor adaptação orgânica aos esforços físicos, além de maior resistência às doenças e ao estresse emocional e ambiental.
A atividade física oferece importantes benefícios à população da terceira idade, tais como: melhora da velocidade de andar, melhora do equilíbrio, aumento do nível de atividade física espontânea, melhora da auto-eficácia, contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea, ajuda no controle de diabetes, artrite, doença cardíaca, melhora da ingestão alimentar, diminuição da depressão, dentre outros.
Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do passo, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. A atividade física contribui na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos: fortalece os músculos das pernas e costas, melhora os reflexos, melhora a sinergia motora das reações posturais, incrementa a flexibilidade, mantém o peso corporal, melhora a mobilidade, diminui o risco de doença cardiovascular.
As atividades direcionadas ao idoso devem ser organizadas considerando suas particularidades e realizadas gradualmente, promovendo a aproximação social, caráter lúdico com intensidade moderada de baixo impacto, diversificação, consideração à memória e o conhecimento acumulado pelo idoso para causar sensação de prazer e bem estar.

Página 22 - Pensamentos


De repente, num desses dias que estamos na correria profissional, me desligo de tudo, estou passando na orla de Itapuã, uma tarde de céu azul, pouco vento e a brisa que vem do mar, me faz um convite a parar, pensar, refletir, sorrir e voltar a ficar sério sozinho em pensamentos neste cenário hoje parte natureza e outra pelas mãos do homem.
Desço do meu carro, inspiro profundamente a maresia, caminho em direção ao mar, e sento na areia, mas a sensação é de estar sentando em cima de uma ampulheta do tempo.
Hora virado para o mar, hora virado para a avenida, vendo e recordando que ali, na minha não distante juventude, se via apenas quatro ou cinco prédios com mais de quatro andares. Ruas de chão e a avenida de paralelepípedos, calçadão nem pensar, barracas e barracões de madeira de comerciantes, pequenos barcos ou botes virados ou preparados para um dia de pescaria, amendoeiras de todos os tamanhos, amigos e conhecidos naquela rua que terminava no Chalé Motel, e enfim a primeira namorada e o grande amor da minha vida.
Passado que trás na memória, um só sentimento “felicidade”.
Hoje volto a me direcionar, recomeçar num só objetivo, fazer da Revista Gaivotas Up! um diferencial no mercado jornalístico, com designer arrojado, avançar contra tudo que já foi visto, mudar conceitos, moldes, e formatos, usando um meio de comunicação que interaja com os leitores, e apreciadores.
É o futuro!
Cenários naturais mudam, tecnologia eletrônica cada vez mais presente e avançando em uma velocidade gigantesca, informação em segundos.
E nesse labirinto de nostalgia presente e futuro, me lembram de um trecho do saudoso cantor, compositor Renato Russo (Legião Urbana), que em uma das suas centenas de músicas que marcaram uma geração, cantou:
Mudaram as estações,
Nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Ta tudo assim – tão diferente,
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era para sempre
Sem saber que para sempre – sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém – só penso em você
E ai então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar como tudo está
Nem desistir, nem tentar,
Agora tanto faz,
Estamos indo de volta pra casa”

“Por enquanto” – Legião Urbana